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quinta-feira, 13 de março de 2008

Alimentos Transgénicos - Sondagem

Nesta sondagem, em resposta à pergunta "Concordas com a produção dos alimentos transgénicos?", obtive um total de 19 votos, nas seguintes proporções:

"Sim" - 6 votos (32%)
"Não" - 3 votos (16%)
"Indeciso" - 10 votos (52%)


Assim, posso constatar que, embora haja, cada vez mais, uma maior adesão da população à ideia do cultivo/produção de alimentos transgénicos, grande parte não tem a certeza ou não tem uma opinião formada. Além de isto demonstrar o carácter polémico desta situação, pode ainda mostrar alguma falta de informação em relação a este tema. Assim, sugiro a todos os frequentadores do blog que visitem os blogs da turma e pesquisem sobre este tema, de modo a estarmos, cada vez mais, bem informados sobre os OGM, as suas vantagens e desvantagens. Só assim poderemos pesar os prós e os contras e construir uma opinião.
Obrigado a todos os que votaram!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

OGM em Portugal

Segundo o 2º Relatório de acompanhamento da coexistência entre culturas geneticamente modificadas e outros modos de produção agrícola, disponibilizado, em Janeiro do presente ano, pelo Ministério da Agricultura, a área de cultivo de OGM (orgnaismos geneticamente modificados) atingiu os 4200 hectares, no continente, em 2007. O aumento dessa área, em relação ao ano de 2006, terá sido da ordem dos 330%.Através de algumas normas técnicas estipuladas pela legislação, ter-se-á conseguido minimizar a contaminação (presença acidental de OGM nos produtos convencionais), tendo-se obtido uma taxa de 0,4%, para um máximo de 0,9% (definido por lei).
Os principais motivos para a maior adesão dos agriculturos ao cultivo de milho geneticamente modificado foram o controlo dos ataques das
brocas do milho (Pyrausta nubilalis), a menor aplicação de insecticidas, o aumento da produção e da qualidade do produto obtido.


Os organismos geneticamente modificados (OMG/trangénicos) são organismos cujo genoma foi manipulado, apresentando diferenças, relativamente à sua constituição original. A manipulação genética permite obter indivíduos com características mais vantajosas, para a espécie e para o aproveitamento, pelo Homem. Por exemplo, na agricultura, através da manipulação genética podem obter-se plantas com uma maior resistência a doenças, calor, seca e geada, com menor necessidade de adubos, com frutos maiores, com novos sabores, com maiores valores nutritivos, etc. Além disso, permite a obtenção de fármacos, produzidos pelos OGM, entre outras vantagens.

Adaptado de:
PortalAmbienteOnline
Cientic
Bayercropscience(brocas do milho)



Na minha opinião, os OGM podem trazer-nos grandes vantagens, não só em termos económicos (preços mais baixos dos produtos), mas também em termos de nutrição. No entanto, a sua produção e cultivo deve ser rigorosamente controlada, uma vez que, em caso de erros da manipulação genética, podem causar problemas de saúde aos consumidores. Além disso, a contaminação, isto é, a disseminação dos genes manipulados, através da reprodução dos OGM, pode causar desequilíbrios nas populações naturais e no próprio ecossistema.

Por isso, posso afirmar que concordo com a produção dos OGM, mas só após estudos rigorosos (de modo a garantir a inexistência de efeitos negativos ao nível da saúde humana) e limitando o cultivo a áreas isoladas, impedindo o contacto dos mesmos com áreas exteriores. Essa seria, penso eu, a única forma de manter os OGM debaixo do nosso controlo.


Abro ainda uma votação, com a questão "Concordas com a produção dos alimentos trangénicos?", com as respostas possíveis "Sim", "Não" e "Indeciso", que terminará no final de Fevereiro.


A engenharia genética

A Engenharia genética consiste no processo de manipulação dos genes, num organismo, fora do processo normal reprodutivo do mesmo, envolvendo o isolamento, a manipulação e a introdução de DNA, de forma a dar-se a expressão de um determinado gene pretendido, a síntese de novas proteínas/enzimas e a introduzir novas características num determinado ser vivo. Torna-se possível, assim, a criação de materiais orgânicos sintéticos e de organismo genéticamente modificados (ONG).
A
tecnologia do DNA recombinante e a Engenharia Genética surgiram após um acumular de grandes descobertas, por cientistas e investigadores. Deixo, desta forma, uma cronologia que sintetiza os principais marcos que permitiram desta técnica.

Década de 30, George Beadle e Edward Tatum demostraram o papel dos genes na regulação da produção de proteínas e enzimas, iniciando o processo de descoberta da estrutura genética do Homem.

1944, Oswald Avery. ao pesquisar a estrutura do DNA descobriu que este é o componente cromossómico responsável pela transmissão de informação genética.

1953, Francis Crick, James Watson e Maurice Wilkins mapearam a maior parte da estrutura da molécula de ácido desoxirribonucleico.

1961, François Jacob e Jacques Monod, pesquisando o processo de síntese proteica nas células bacterianas, descobriram que o responsável principal pela mesma é o DNA, tornando-se este o elemento central das pesquisas de engenharia genética.

1972, Paul Berg ligou duas cadeias de DNA, uma de origem animal e outra de origem bacteriana. A ligação dessas duas cadeias genéticas diferentes constituiu o começo da criação sintética de produtos da engenharia genética.

1978, Werner Arber, Daniel Nathans e Hamilton Smith conquistaram o Prémio Nobel da medicina/fisiologia, por terem conseguido isolar as enzimas de restrição, capazes de "cortar" a molécula de DNA em pontos específicos. Estas enzimas, juntamente com as ligases (capazes de unir fragmentos de DNA) constituiram a base inicial da tecnologia do DNA recombinante.

Adaptado de: pt.wikipédia.org