terça-feira, 30 de outubro de 2007

O parto vaginal

Face ao tema falado nas últimas aulas, dei por mim a pensar no "passo final" da gravidez, ou seja, no momento do parto, e ainda no fascinante mecanismo de dilatação associado a este processo!

Nas minhas pesquisas verifiquei a existência de diversos tipos de parto. O mais vulgar, como o próprio nome indica, é o "Parto Normal" ou "Parto vaginal". Exitem ainda a conhecida "cesariana", o "parto com fórceps" e outras variantes do parto normal (parto natural, parto na água, parto de cócoras, etc).

Dada a predominância do parto normal, vou, nesta postagem, descrever este tipo de parto, tendo em conta as várias fases que o compõe. Vou tentar, no entanto, publicar, futuramente, informações sobre o parto por cesariana, um tema que, admito, me atrai bastante.




O parto vaginal, durando, em média, 10 a 13 horas, nas mulheres primíparas (que nunca tiveram filhos) ou 6 a 8 horas, nas multíparas (que já tiveram filhos), é composto por 4 fases.


A primeira fase é o período de dilatação, caracterizado por contracções uterinas. Estas vão aumentando de frequência (com o aproximar do momento da expulsão do feto) até ocorrerem, em média, cinco em cada dez minutos.
No momento da expulsão do feto, conjuntamente com as contracções uterinas ocorrem esforços expulsivos voluntários da mãe.
Durante o trabalho de parto, as contracções provocam o aumento da dilatação do colo uterino, até serem atingidos os 10 centímetros de diametro (começando a segunda fase).
Por vezes o parto é precedido pela "ruptura das águas" (Saco amniótico) ou amniorrexe (rompimento do amnio e do córion).
Dura entra de 5 a 9 horas.


A segunda fase do parto, o período expulsivo, começando com essa dilatação, termina com a expulsão fetal.
Nesta fase actua, somada às forças referidas, a contracção dos músculos do diafragma e da parede abdominal, que comprimem o útero, forçando a expulsão do bébé.
Na altura do nascimento, o bébé pode estar em diferentes posições, sendo a mais vulgar a apresentação cefálica (primeiro ocorre a apresentação da cabeça). Existem ainda a apresentação pélvica ou "breech" (surgindo primeiro os pés ou as nádegas) e a apresentação transversal (se o bébé está disposto lateralmente, no útero, entrando primeiro as mãos ou cotovelos no canal de parto) - neste último caso, não deve ser realizado o parto vaginal, geralmente.
Além disso, nesse momento, o médico faz a episiotomia, um "procedimento cirúrgico que consiste numa incisão vulvovaginal, médio-lateral, para ampliar o canal de parto". Esta incisão evita o corte ou a distensão excessiva da musculatura, do períneo e da vagina, para que a mãe "volte a ter em breve seu períneo normal, como antes do parto"
Imediatamente após o parto, a criança desenvolve modificações fisiológicas (tornando-se a sua respiração independente) e morfológicas (regressão de algumas estruturas cardíacas), sendo o seu estado médica avaliado através da "escala de Apgar".
Dura, geralmente, cerca de 30 minutos.


Na terceira fase (secundamento ou dequitura) ocorre o desprendimento, descida e expulsão da placenta e das membranas, 5 a 10 minutos após o fim da fase 2, pela continuação das contracções uterinas. Origina-se ainda um hematoma retroplacentário, no decorrer deste período.
Dura, aproximadamente, 10 minutos.


No quarto período (período de Greenberg), ocorrente na primeira hora após o nascimento, dá-se a paragem das hemorragias, por dois processos:

-->Trombotamponamento - formação de trombos que fecham os vasos uteroplacentários, e de coágulos, que preenchem a cavidade uterina.

-->Indiferença miouterina - alternância de contracções e relaxamentos uterinos (cólicas do pós-parto)

Uma hora depois, em média, o útero encontra-se em condições normais, firmemente contraído.



Deixo-vos agora uma simulação 3D de um parto vaginal com apresentação cefálica. ALERTA: O vídeo é acompanhado por música clássica! N sei se gostam... ;)






Deixo-vos ainda uma outra versão do mesmo vídeo, mostrando a dilatação do colo do útero.



quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Conforto vs Ética - sondagem

Informo a todos os cibernautas frequentadores do blog que terminaram as votações acerca do tema "Conforto vs Ética".

Em resposta à questão "Deverá a cirurgia ser realizada?", referente ao tema já mencionado, obtive um total de 15 votos, sendo 73% afirmativos (opção "SIM") e 27% negativos (opção "NÃO").




Desta forma, concluo que a maioria dos votantes concorda com a proposta feita por Alison Thorpe, a mãe de Katie (uma adolescente britânica com paralisia cerebral), aos médicos, para que removessem, cirurgicamente, o útero da filha, na tentativa de evitar o desconforto que a menstruação lhe causaria.

Agradeço a todos os participantes por manifestarem a sua opinião acerca desta questão polémica.

Futuramente, penso vir a colocar outras questões dignas de reflexão, debate e votação.


NOTA: Embora no printscreen apareça o valor 26%, representando as votações "NÃO", o valor correcto será 27%, como podem verificar.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

6º Trabalho prático

A aula de hoje, bastante mais "prática" que a da última terça-feira, incidiu, essencialmente, no tema dos métodos contraceptivos.
No
começo da aula o prof. Salsa distribuiu pela turma uma grelha individual a preencher.
Em seguida disponibilizou um conjun
to de contraceptivos, para que os analisássemos.

Assim, após a observação e o manuseamento desses produtos, assim como a leitura dos respectivos folhetos informativos, pudemos completar a nossa grelha co
m informações relativas às designação e apresentação do produto, ao seu tipo e género, às contra-indicações, aos efeitos secundários e às facilidade de utilização, eficácia e duração do mesmo.

Desta forma, passei a conhecer melhor e mais concretamente métodos anticoncepcionais como a pílula (abortiva, combinada ou de progesterona), o DIU, o espermicida, o preservativo mascu
lino, a injecção hormonal, o adesivo transdérmico hormonal e o anel vaginal.

Foi uma actividade realmente interessante, no decurso da qual tive a oportunidade de tirar várias fotos. Deixo-as aqui para que possam relembrar o que viram! ;)

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Na horizontal:

  1. Preservativo masculino
  2. Pílula combinada
  3. Pílula abortiva
  4. Anel vaginal
  5. Espermicida em óvulo
  6. DIU de cobre
  7. Injecção hormonal
  8. Adesivo transdérmico

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Um "plágio" inocente


Na aula de biologia da última quinta-feira, ao falarmos no mecanismos da fecundação, formulamos a hipótese de um método contraceptivo que, aquando da chegada dos espermatozóides, os impedisse de "perfurar" o óvulo com as suas enzimas digestivas.
Após uma pesquisa na web descobri que já existe um "protótipo", comercializável em 10 anos, que inibe a própria fecundação, impedindo o espermatozóide de se fixar à parede do óvulo.
Deixo-vos, assim, a notícia através da qual constatei a existência deste método contraceptivo.

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Segundo o jornal "The Guardian", um grupo de cientistas norte-americanos está a desenvolver um contraceptivo "genético" e não hormonal, tendo por base uma técnica que valeu o prémio Nobel da medicina de 2006. A técnica referida tem o nome de interferência de RNA (RNAi), utilizando fragmentos minúsculos de material genético para bloquear a actividade de alguns genes.

A equipa do cientista Zev Williams, no Women's Hospital de Boston aplicou a RNAi no bloqueio do gene ZP3, que surge nos óvulos apenas na altura do processo de ovulação. Desta forma, impede-o de produzir a proteína que envolve o óvulo, a qual é essencial para que o espermatozóide se fixe à parede do mesmo, aquando da fecundação.


Esta pesquisa, anunciada na reunião anual da American Society for Reproductive Medicine, em Washington. promete ser uma alternativa aos contraceptivos orais tradicionais, baseados nos esteróides estrogéneo e progesterona, dado que a aplicação destas hormonas tem sido associada ao aumento de risco da formação de coágulos sanguíneos(tromboses) e de alguns cancros. Outros efeitos secundários do seu uso serão mudanças no humor, na libido e no peso (aumento de peso).

Este método não deverá, todavia, substituir o uso de contraceptivos hormonais, no caso de mulheres os utilizam como tratamento de algumas doenças ou para regulação o cíclo menstrual.


Num prazo de 5 anos os cientistas esperam estudar mais completamente este novo método contraceptivo e, caso se verifique a eficácia/segurança do mesmo, este passará a ser comercializável em cerca de 10 anos, sob os formatos de supositório ou sistema transdérmico.


Traduzido e adaptado de: www.g1.globo.com


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Ao que parece, cometemos um "plágio" inocente! ;)
Na minha opinião, este contraceptivo, será um método preferível a muitos outros, uma vez que não tem os efeitos secundários típicos de métodos anticoncepcionais hormonais, salvo no caso das mulheres que utilizam contraceptivos hormonais para tratamento de doenças.
É importante lembrar que, caso este produto venha a ser comercializado, não poderá ser usado como protecção contra as DST! Portanto, de momento nada irá retirar importância ao preservativo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

1º Marco histórico do blog

Informo a todos os frequentadores deste blog que, finalmente, foram atingidas as 500 visitas. É um "Marco histórico" fraquinho, mas tendo em conta que estamos apenas em Outubro, já é algo a assinalar!

Agradeço a todos os visitantes e espero que o meu e-portefólio tenha vindo a contribuir para promover a reflexão acerca dos vários temas ligados à biologia do 12ºano que nos têm sido leccionados e para aumentar os nossos conhecimentos.
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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

5º Trabalho prático

Na última terça-feira deu-se a nossa 5ª aula prática. Esta foi, contudo uma aula diferente. Isto porque estava para a mesma a apresentação dos trabalhos individuais acerca dos métodos contraceptivos.
Devo referir que gostei bastante das apresentações, cada uma com estilo e formato próprios, mas todas bastante explícitas e apelativas, tendo sido usado, maioritariamente, o formato Powerpoint.
Antes de criar o meu trabalho tinha projectado fazer o upload do mesmo para o meu blog. No entanto, julgo que não o poderei fazer, uma vez que, dado que este ocupa cerca de 900 Megabytes, teria de ter a internet ligada horas a fio para o ter disponível no meu blog. Ainda mais tendo em conta que o meu conversor de vídeo não é o ideal (só converte cerca de 3 minutos...). Por isso, peço as minhas desculpas.
Deixo aqui disponível, no entanto, o download do meu trabalho teórico, para que todos possam aceder ao conteúdo do mesmo.

Download - "O espermicida"

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Conforto vs Ética

À semelhança do meu colega Patrício também resolvi fazer uma sondagem sobre uma notícia. Trata-se de um caso polémico, ligado ao tema que iremos iniciar nas próximas aulas. Espero que reflictam bem antes de darem a vossa opinião. A sondagem estará aberta durante duas semanas, para que todos possam dar a sua opinião pessoal.

Analisem bem a notícia seguinte:

"Britânica pede que médicos retirem útero de filha deficiente"
Publicada em 08/10/2007 às 08h13m - BBC

A mãe de uma adolescente britânica que sofre de paralisia cerebral pediu aos médicos que retirem o útero da filha para que ela não sofra com os sintomas da menstruação.
Alison Thorpe argumenta que a filha Katie, de 15 anos, ficaria confusa com os hemorragias mensais e iria sofrer com sintomas como alterações de humor e cólicas.
Diz ainda que a operação evitaria um sofrimento desnecessário e iria melhorar a qualidade de vida de Katie: "Se for impedida de menstruar, ela poderá aproveitar a vida sem os sintomas da menstruação, como as alterações de humor, cólicas, desconforto e o constrangimento".
Segundo Alison, a cirurgia só trará vantagens, pois Katie "não se vai casar e não terá filhos","não será uma adulta normal". Alison nega estar a defender uma política aplicável a todos os deficientes e defende que Katie não seria capaz de, aquando da menstruação, pedir ajuda ou expressar o que sente.

Os médicos estão agora à espera da aprovação da Justiça para seguirem com a operação.
Se aprovada, esta será a primeira histerectomia - cirurgia para retirada do útero -realizada na Grã-Bretanha sem razões médicas.

A iniciativa, no entanto, provou críticas por parte de uma instituição de caridade dedicada a deficientes.
Andy Rickell, director-executivo da Scope(www.scope.org.uk), afirma que a operação poderia ter implicações "perturbadoras" para outras pessoas na mesma situação e alerta para os problemas éticos que poderiam ser gerados por causa de uma cirurgia desnecessária, a seu ver "dolorosa e traumática", realizada numa pessoa que não pode dar seu consentimento.

Adaptado/traduzido a partir de:
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2007/10/08/298052640.asp

Na minha opinião, a cirurgia deverá ser realizada, neste caso, supondo que o grau da paralisia cerebral é muito elevado. Digo isto uma vez que a menstruação só iria trazer sofrimento a Katie.
Como Alison, acredito que Katie não poderá ter uma actividade sexual normal, que justifique sintomas que só lhe iriam trazer ainda mais desconforto.
A nível de higiene pessoal, por exemplo, ela teria bastantes dificuldades, necessitando, provavelmente, de um constante auxílio.
Penso, no entanto, que não deverá generalizar-se a autorização para uma cirurgia deste tipo em deficientes, dado que, como já disse, tudo depende do grau de deficiência.

Gostava muito de saber a opinião da turma sobre esta questão. Por isso.... está aberta a votação!

4º Trabalho prático

A aula da última terça foi um pouco "menos prática" do que esperávamos. Isto porque recebemos o teste diagnóstico que realizamos no início do ano. Fiquei bastante satisfeito com a classificação que obtive. No entanto, relativamente às duas questões que errei, julgo que poderia ter respondido correctamente, o que me leva a crer que devo estar mais atento, evitando aquelas "pequenas distracções".
Recebemos ainda o relatório realizado na primeira aula prática. Neste relatório obtive uma classificação que me parece apenas razoável. Sem dúvida, poderia ter feito melhor. Julgo que a minha classificação se deveu, sobretudo, à "adaptação" aos critérios de classificação de relatórios, aos quais não estava habituado. Percebi que o conteúdo de um relatório não deve restringir-se ao observado, mas sim adaptar-se aos objectivos da actividade, permitindo interligar a prática com a teoria leccionada. Por exemplo, no caso da aula em questão, deveria, ao invés de me referir ao que observei, descrever a forma como utilizei o MOC. Espero, portanto, fazer melhor, futuramente.
Durante o resto da aula elaborámos o relatório da observação das preparações definitivas de estruturas ligadas aos sistemas reprodutores masculino e feminino. Neste, tentei usar aquilo que aprendi nesta aula, na esperança de conseguir uma boa classificação.

Tudo isto em 4 minutos

Estava eu a perguntar-me como haveria de sintetizar todo o processo que ocorre, nos sistemas reprodutores masculino e feminino, levando à fecundação quando, como por milagre, descobri este vídeo fenomenal, na minha opinião.
Neste excerto de um documentário da National Geographic ("Vida no Ventre"), podemos visualizar todo o mecanismo da reprodução: o que ocorre no acto sexual e na fecundação, com referências à produção dos oócitos II e dos espermatozóides, nos sistemas reprodutores masculino e feminino. E, como podem ver, tudo isto em 4 minutos!
Espero que apreciem o vídeo tanto como eu!



Para quem pretender fazer o download do vídeo aqui fica o link:

http://apfn.ficheirospt.com/documentario/fecundacao.wmv



Edição à postagem

12/10/2007 - 23:00

Quero alertar para algo que escapou à minha atenção.

A Isabel Oliveira já tinha postado este vídeo no seu blog antes de eu o fazer. Infelizmente não me apercebi. Desde já as minhas desculpas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Falsos alarmes?

Depois da aula de hoje de Biologia, resolvi reflectir um pouco acerca da postagem "A Testosterona" que fiz esta segunda-feira.


Como descobri nas minhas pesquisas, o uso medicinal de testosterona traz, realmente, alguma "jovialidade" (no que se refere à memória, ao desejo sexual, pele e cabelo, ossos, músculos e redução da celulite). No entanto, nenhuma destas melhorias concretizará o sonho de todos os humanos (e especialmente de todos os médicos e farmacêuticos) de criar o "elixir da juventude". É certo e sabido que todos desejamos ardentemente manter-nos jovens; simplesmente não queremos resignar-nos à velhice. No entanto, o facto de este sonho exercer tanta atracção em todos nós poderá ser usado por farmaceuticos sem escrúpulos que nos queiram "iludir", prometendo o que, até agora, é impossível, apenas para lucrarem com isso.



Segundo o que nos disse o professor Salsa, para se concluir que um determinado fármaco "rejuvenesce" substancialmente quem o utiliza, os cientistas têm de usar o método experimental: Devem, assim, realizar experiências em seres humanos, para verificarem, ainda que a longo prazo, a eficácia do tratamento. No entanto, quando surgem nos media notícias desse "elixir" mítico, geralmente referem-se a pesquisas mais estatísticas que experimentais, pelo que não devemos acreditar em tudo o que vemos e ouvimos. Como diz o professor Salsa: "É necessária cautela! Muita cautela!".

terça-feira, 2 de outubro de 2007

3º Trabalho prático

A nossa terceira aula prática iniciou-se com uma apresentação à turma, por alguns alunos, dos respectivos blogs, por sugestão do professor José Salsa. Os alunos resumiram os objectivos do seu e-portefólio e as matérias publicadas, tentando cativar os colegas a visitá-lo.

Em seguida, e durante o resto da aula, continuamos a actividade da aula anterior, isto é, a observação, ao miscroscópio, de estruturas dos sistemas reprodutores masculino e feminino e a elaboração de um esboço do que foi visualizado.Como na última terça-feira já tinha observado a glândula pituitária, desta vez optei por estudar uma amostra do oviducto, uma estrutura do sistema reprodutor feminino.

Nesta aula, porém, foi acrescentado um novo elemento: o computador. Instalámos em alguns portáteis da escola um software (mais concretamente, uma base de dados) onde podemos observar fotos de preparações de estruturas existentes no nosso organismo, incluindo as do sistema reprodutor, vistas ao microscópio.


Acabou por ser uma aula muito interessante, já que ficamos a perceber melhor que tipo de conteúdos devemos colocar no nosso e-portefólio, o que foi especialmente importante para quem ainda não o criara ou para aqueles que ainda não tinham publicado nenhuma informação. De igual forma, a presença do portátil revelou-se bastante útil, uma vez que nos ajudou em relação à legendagem dos esboços das observações feitas. Espero que as actividades laboratoriais continuem a decorrer desta forma!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A testosterona

A Testosterona é uma hormona (esteróide) masculina, produzida nos testículos e nos ovários, nos organismos dos sexos masculino e feminino, respectivamente, e ainda nas glândulas supra-renais. No entanto, apesar de ser produzida em ambos os sexos, no organismo de um homem adulto há uma quantidade média de testosterona muito superior à existente num organismo adulto do sexo feminino. É, assim, determinante na distinção entre os dois sexos, na nossa espécie.


A sua produção é regulada pela acção da LH (hormona luteinizante), produzida pela glândula pituitária anterior (adenohipófise) - que pude visualizar no 2ºtrabalho prático de biologia.


Esta hormona tem uma função anabólica, uma vez que promove o crescimento muscular e o desenvolvimento de quase todos os orgãos do organismo, actuando, por exemplo, no crescimento dos ossos.
Possui ainda funções androgénicas, de igual importância. A testosterona é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais, no que se refere aos órgãos genitais, aos caracteres sexuais secundários (pêlos, barba, engrossamento da voz, etc, nos rapazes), à função e desempenho sexuais normais e ainda ao comportamento (estimula a agressividade, a libido, o comportamento dominante e anti-social - que, por vezes, se traduz na rebelião contra a autoridade e no incumprimento das leis -).
É ainda responsável pela distribuição da gordura corporal (diferenciando o corpo masculino do feminino).


A testosterona, actualmente é usada pela ciência como uma forma de "atrasar o envelhecimento". Através da reposição da testosterona (cuja quantidade vai diminuindo à medida que envelhecemos) conseguem-se melhorias significativas nos domínios da memória, motivação, desejo sexual, pele e cabelo, ossos, músculos e redução da celulite.



No entanto, é, por vezes, usada de uma forma realmente perigosa.

Alguns atletas utilizam esteróides anabolizantes com testosterona para estimular o crescimento dos músculos/força muscular e diminuir os períodos de recuperação entre esforços.

Além de punições disciplinares, do uso de testosterona podem advir consequências graves, tais como tumores no fígado, problemas dermatológicos (acne, pele oleosa, calvície), psicológicos (depressão, paranóia, agressividade) e cardiovasculares (cardiomiopatia, trombos vasculares, enfarte do miocárdio), diminuição da produção espermática, diminuição do volume testicular, etc.


Quando usada em adolescentes pode ainda levar a paragens no crescimento.



Podemos, assim, constatar que esta hormona desempenha um papel determinante no nosso organismo. No entanto, o uso artificial da mesma para fins não medicinais (como para conseguir um melhor desempenho pelos atletas) deve ser proibido, pois pode trazer consequências catastróficas.
Já a sua utilização pela medicina deve ser estimulada, pois a sua reposição no organismo, à medida que envelhecemos, traz vantagens maravilhosas, dando uma melhor a qualidade de vida a quem está a envelhecer. Poderá, assim, permitir ao ser humano "fintar" a idade, algo com que todos sonhamos!


Fontes:


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ed/Testosterone_structure.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/Testosterona
http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/Nandrolona/EA.htm
http://podium.publico.pt/substancia.aspx?idCanal=1175&id=1266368
http://alternet.pt/olympica/tele-olympica/testosterona.htm