quinta-feira, 13 de março de 2008

Imunodeficiência - nem o L. Casei Imunitass nos safa

A imunodeficiência, já referida nas aulas, é uma disfunção no sistema imunitário, consistindo, fundamentalmente, na incapacidade de se estabelecer uma imunidade eficaz. Esta incapacidade deve-se à falta de fagócitos ou linfócitos, no organismo do indivíduo.
Esta disfunção pode ser inata ou adquirida, tendo características diferentes nos dois casos:


A inata, como o próprio nome indica, existe nos indivíduos logo à nascença, tendo que estes não possuem linfócitos B nem linfócitos T. Têm, assim, de ser submetidos, permanentemente, a um ambiente isolado e absolutamente esterilizado, de forma a evitar o contacto com quaisquer agentes patogénicos. Esta disfunção surge devido ao funcionamento anormal da medula óssea.
A forma de tratar esta doença pode envolver, portanto, um transplante eficaz da medula.

A imunodeficiência adquirida surge mais tarde, ao longo da vida do indivíduo, podendo ser temporária (causada por factores como doenças) ou permanente (SIDA - causada por infecção pelo VIH).
A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), originada por esse vírus (VIH - Vírus da Imunodeficiência Humana), caracteriza-se pela diminuição do número de linfócitos T, a qual provoca um enfraquecimento progressivo da resposta imunitária e do próprio organismo.
Assim (e não há Actimel que nos salve), o organismo fica à mercê das chamadas "Doenças Oportunistas" (doenças que, num indivíduo de sistema imunitário completo, não têm qualquer efeito ou são pouco eficazes, mas que, nos indivíduo de sistema imunitário debilitado, se mostram eficazes, perigosas ou até mortais).
Esta doença, tão falada, nos dias de hoje, ainda não pode ser curada. No entanto, há determinados tipos de fármacos que permitem atrasar a sua evolução e os seus efeitos, actuando a vários níveis. Há, assim, dois tipos fundamentais de medicamentos com este efeito:
  1. O AZT, que inibe a transcríptase reversa, atrasando a replicação do vírus e, consequentemente, os sintomas da doença
  2. Os Inibidores de Protéase, que bloqueiam a produção de proteínas virais maduras e funcionais (cápsulas dos novos vírus), com efeitos finais semelhantes aos do AZT
Já há muito que se investigam possíveis vacinas contra o HIV. Uma das mais recentes hipóteses levantadas (que já era tomada como certeira), consistia no impedimento da entrada do vírus nas células, por prevenção da ligação entre o mesmo e a proteína receptor CD4, existente na superfície das mesmas. Ora, essa ligação foi impedida, mas o facto de o vírus sofrer mutações, muito frequentemente, esse obstáculo foi rapidamente ultrapassado, tornando a vacina completamente ineficaz.

Actualmente, estão a ser investigadas novas hipóteses, cujas acções incidem em diferentes fases do processo de contaminação viral. Mas, enquanto não surge a solução, há que prevenir, PrEvEnIr e PREVENIR, usando preservativo
É de referir ainda que o estado de imunodeficiência pode ser induzido, temporariamente, através da administração de drogas imunosupressoras, para o tratamento de doenças auto-imunes ou para prevenção contra a rejeição, após um transplante de órgãos.


Fontes:
Wikipedia.org
Shovoong - pt
Na primeira imagem, podem ver a medula óssea (neste caso amarela, por substituição da vermelha, como indica a legenda). Já na segunda, podem observar um Vírus HIV a atacar um linfócito.

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