domingo, 16 de dezembro de 2007

Os tipos sanguíneos

Os grupos sanguíneos, no sistema ABO, são um caso evidente de polialelismo, uma vez que há três tipos de alelos possíveis para ocupar os "dois lugares disponíveis" no mesmo locus do cromossoma 9.
No caso humano existem quatro grupos sanguíneos, segundo o sistema ABO:

Tipo A, no qual há hemácias com aglutinogéneos de tipo A e plasma com aglutininas anti-B
Tipo B, no qual há hemácias com aglutinogéneos de tipo B e plasma com aglutininas anti-A
Tipo AB, no qual há hemácias com aglutinogéneos de tipo A e B e plasma sem aglutininas
Tipo O, no qual há hemácias sem aglutinogéneos e plasma com aglutininas anti-A e anti-B

Entre os alelos há interacções:

Dominância completa
- o alelo A domina o alelo O
- o alelo B domina o alelo O

Co-Dominância - entre os alelos A e B, que se expressam completamente



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Inicialmente desconheciam-se os grupos sanguíneos.
Assim, na tentativa de "repor" sangue perdido, muitas vezes, injectava-se sangue incompatível.
Isto levava à hemólise (alteração, dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos) do sangue transfundido, devido a anticorpos pré-formados no plasma do receptor e ainda, por vezes, à morte do indivíduo que sofria a transfusão.




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Adaptado de
CinTIC
Unicamp

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O estudo da genética, para além da compreensão da forma como ocorre a transmissão de características, de geração para geração, e da forma como tem ocorrido a evolução das espécies, trouxe-nos grandes vantagens ao nível da medicina. Inicialmente, o desconhecimento dos grupos sanguíneos trouxe problemas ao nível da transfusão de sangue. No entanto, actualmente, as transfusões sanguíneas são bastante seguras, não só em termos de compatibilidade do sangue mas também em termos de transmissão de doenças infecto-contagiosas, já que são mais controladas as doações/transfusões. Mais uma vez, salienta-se a relevância do estudo da genética para o ser humano, assim como a importância de Homens como Gregor Mendel, que criaram a base desta ciência.

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