segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Um "plágio" inocente


Na aula de biologia da última quinta-feira, ao falarmos no mecanismos da fecundação, formulamos a hipótese de um método contraceptivo que, aquando da chegada dos espermatozóides, os impedisse de "perfurar" o óvulo com as suas enzimas digestivas.
Após uma pesquisa na web descobri que já existe um "protótipo", comercializável em 10 anos, que inibe a própria fecundação, impedindo o espermatozóide de se fixar à parede do óvulo.
Deixo-vos, assim, a notícia através da qual constatei a existência deste método contraceptivo.

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Segundo o jornal "The Guardian", um grupo de cientistas norte-americanos está a desenvolver um contraceptivo "genético" e não hormonal, tendo por base uma técnica que valeu o prémio Nobel da medicina de 2006. A técnica referida tem o nome de interferência de RNA (RNAi), utilizando fragmentos minúsculos de material genético para bloquear a actividade de alguns genes.

A equipa do cientista Zev Williams, no Women's Hospital de Boston aplicou a RNAi no bloqueio do gene ZP3, que surge nos óvulos apenas na altura do processo de ovulação. Desta forma, impede-o de produzir a proteína que envolve o óvulo, a qual é essencial para que o espermatozóide se fixe à parede do mesmo, aquando da fecundação.


Esta pesquisa, anunciada na reunião anual da American Society for Reproductive Medicine, em Washington. promete ser uma alternativa aos contraceptivos orais tradicionais, baseados nos esteróides estrogéneo e progesterona, dado que a aplicação destas hormonas tem sido associada ao aumento de risco da formação de coágulos sanguíneos(tromboses) e de alguns cancros. Outros efeitos secundários do seu uso serão mudanças no humor, na libido e no peso (aumento de peso).

Este método não deverá, todavia, substituir o uso de contraceptivos hormonais, no caso de mulheres os utilizam como tratamento de algumas doenças ou para regulação o cíclo menstrual.


Num prazo de 5 anos os cientistas esperam estudar mais completamente este novo método contraceptivo e, caso se verifique a eficácia/segurança do mesmo, este passará a ser comercializável em cerca de 10 anos, sob os formatos de supositório ou sistema transdérmico.


Traduzido e adaptado de: www.g1.globo.com


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Ao que parece, cometemos um "plágio" inocente! ;)
Na minha opinião, este contraceptivo, será um método preferível a muitos outros, uma vez que não tem os efeitos secundários típicos de métodos anticoncepcionais hormonais, salvo no caso das mulheres que utilizam contraceptivos hormonais para tratamento de doenças.
É importante lembrar que, caso este produto venha a ser comercializado, não poderá ser usado como protecção contra as DST! Portanto, de momento nada irá retirar importância ao preservativo.

1 comentário:

ana disse...

gostei da tua postgm, porque tbm desconhcia completmnte a existencia deste metodo...