sexta-feira, 2 de maio de 2008

25º Trabalho Prático

No dia 15 do mês de Abril, o 1º turno de biologia realizou a 25ª actividade prática.
Desta vez, deixando o tema da produção alimentos a partir de microrganismos (apesar dos inevitáveis pedidos de fabrico de cerveja...), foi-nos proposta uma experiência um pouco mais "científica", com o objectivo de compreender melhor a actividade enzimática ("Actividade enzimática - factores condicionantes").
Inicialmente, o professor Salsa entregou-nos o habitual protocolo, com as informações necessárias/procedimentos a efectuar.
A actividade baseava-se no estudo das condicionantes da actividade da enzima Catalase (hidroperoxidase, existente no fígado humano), que decompõe o peróxido de hidrogénio, libertando água e oxigénio.

Começámos por numerar 6 tubos de ensaio, adicionando-lhes um pouco de água oxigenada. O número 1 seria o controlo; ao 2 adicionámos um pouco de fígado fresco esmagado; ao 3, um pouco de fígado cozido e ao 4 um pouco de fígado congelado.
Após estes procedimentos, introduzimos a ponta incandescente de um fósforo em cada tubo, para verificar se a chama se avivava (sinal indicativo de forte presença de oxigénio libertado e, assim, da actividade da catalase). Tal sucedeu com os tubos do fígado fresco e do fígado congelado (de facto, além de se avivar a chama e aumentar a temperatura, pela aproximação excessiva da ponta incandescente provocámos uma pequena explosão no tubo de ensaio. É, no entanto, de referir, que a reacção foi mais visível no tubo com fígado fresco triturado). Já com o tubo 3, com fígado cozido, não obtivemos qualquer resultado, sendo que a ponta incandescente se apagou rapidamente. Isto, uma vez que nesta amostra de fígado, cozida, as enzimas se encontravam desnaturadas.
Em seguida, colocámos os tubos 3 e 4 em "banho-maria", durante 10 minutos, a 37ºC. Com este procedimento, desnaturámos as enzimas existentes no tubo 4, pelo que já não ocorreu nenhuma reacção.
Na parte final da aula concluímos a experiência, realizando a operação final: adicionámos ao tubo 5 algumas gotas de ácido clorídrico e ao tubo 6 algumas gotas de hidróxido de sódio (esta última solução foi preparada por uma colega da turma, a Hélia). Ao adicionar, finalmente, uma pequena porção de fígado fresco a a cada um obtivemos resultados interessantes. No tubo 6 formou-se uma quantidade considerável de espuma, "enchendo", praticamente, o tubo de ensaio. No tubo 5 aconteceu o mesmo, mas em menores proporções (formou-se uma camada de 3 a 4 centímetros de espuma).

Julgo que desta actividade se pode concluir que, em meio ácido (com HCl), as enzimas actuam de forma mais lenta que em meio básico (com NaOH). Além disso, através de posterior pesquisa, descobri que, relativamente à temperatura, o frio torna mais lenta a actividade enzimática (como se verifica, efectivamente, na experiência com o fígado congelado). No entanto, essa situação é reversível, pelo que, após 10 minutos em banho-maria à temperatura (aproximadamente) corporal, a reacção com o fígado congelado deveria ocorrer mais rapidamente. Como tal não se verificou, julgo que posso concluir que cometemos algum erro nos procedimentos o ainda que o fígado já não estaria a uma temperatura tão baixa quanto isso, não estando verdadeiramente "congelado" (uma vez que a reacção, no tubo 4, terá ocorrido, ainda que de forma menos intensa que no tubo 2, com intensidade suficiente para esgotar o Peróxido de Hidrogénio inicial, convertendo-se este em água e oxigénio). Relativamente a altas temperaturas, depois de "cozido", as enzimas não podem ser re-activadas, permanecendo desnaturadas, ainda que colocadas em banho-maria à temperatura normal.
Aproveito para deixar as fotos tiradas na aula e ainda os links dos sites encontrados na pesquisa, muito interessantes, de facto.



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